Música, encorajamento e representatividade. Confira um bate-papo com as cantoras do hit “Eu”

Você pode ser o grande amor da sua vida. Priorizar suas vontades, respeitar seus limites e buscar o que realmente te faz feliz são formas de autoamor e carinho consigo mesma.

Na Coleção Primavera/Verão 22-23, fazemos um convite: se ame com suas singularidades e valorize cada passo com calçados que se diferenciam pelo conforto e trazem o Calce Perfeito, características que respeitam a anatomia dos pés e permitem que você vá mais longe. 

Para celebrar o amor-próprio e o encorajamento feminino, demos uma nova cara ao hit “Eu”, que se tornou sucesso com a banda Pato Fu. Ouça, cante e dance junto com a gente

As vozes que protagonizam a campanha são das cantoras brasileiras Marília Lopes, Camila Masiso e da uruguaia Florencia Nunes.

Marília é cantora, atriz e multiartista; ela participou duas vezes do reality show  musical The Voice, uma no Brasil e outra em Portugal. Florencia tem três discos lançados e ganhou seis vezes o Prêmio Grafitti, uma das conquistas mais representativas da música uruguaia. Já Camila tem forte influência da música regional nordestina e foi a vencedora do concurso Jazz Contest da rádio portuguesa Smooth FM em 2019. 

As três cantoras em ascensão falaram sobre música, conforto e inspiração em um bate-papo especial. Confira! 

Florencia Núñes, Camila Masiso e Marília Lopes

Como a música entrou na sua vida? Ser cantora sempre foi um desejo ou esse objetivo amadureceu aos poucos? 

Marília – A música nunca esteve fora da minha vida! Venho de família com descendência africana e portuguesa, meus dois avós (paterno e materno) tocavam muitos instrumentos, então ambas as famílias vieram com uma facilidade linda pra música.Tenho tios artistas, primo e, em nossas bagunças de família, música não falta. Eu, Marília, aprendi a tocar violão sozinha aos 6 anos de idade e, desde esse dia, nunca mais parei de tocar e aprender outros instrumentos

 Florencia – Desde muito pequena sentia que a música e eu tínhamos uma ligação especial. Diferente dos outros, sempre a levei a sério e com responsabilidade porque era claramente um desejo muito forte em minha vida. Uma vez que esse desejo se manifestou, esse relacionamento tornou-se uma via de mão dupla e eu comecei a estudar pouco a pouco e a tocar em cada oportunidade que tinha, o fato de dedicar minha vida à música e que fosse um modo de vida começou a ecoar em mim.

Você tem uma filha menina, quais os valores que você busca passar para que ela seja uma mulher segura, confiante e destemida, assim como você?

Camila – Sempre explico pra ela que seu corpo é sua propriedade. Que ela pode ser educada mesmo sem cumprimentar alguém que não queira tocar. Que ela pode ter um dia triste e que talvez nem todos sejam felizes. Estamos numa fase de falar sobre as emoções, ela está compreendendo mais agora com sete anos. Tento mostrar que cada um tem sua beleza única, que ela é uma menina linda e inteligente e que cada um de nós somos diferentes. Que isso é muito rico pra aprendermos sempre uns com os outros.

Qual o sentimento de cantar sobre autoamor e ser uma das mulheres que, neste clipe, representam um pouquinho da diversidade das mulheres brasileiras?

Marília – Sempre falo que autoamor na prática é um processo de autocura, porque na teoria, falar sobre amar a si mesma parece simples, mas na verdade o processo como um todo é repleto de desafios. Então, hoje, poder cantar sobre autoamor, poder fazer parte de uma parcela que representa outras mulheres fortes, faz parte, sem dúvida, de uma história que sempre farei questão de contar

A canção “Eu”  fala de amor-próprio e autodescobrimento. Você também tenta praticar isso em sua rotina?

 Florencia – Sem dúvida, dar a si mesma a possibilidade de autodescobrir-se, de aceitar-se é o caminho mais válido que encontrei até agora. Eles são como peças de um quebra-cabeças que se encaixam à medida que eu cresço e à medida que amadureço aspectos de mim mesma, de minha carreira, dos laços que crio. Tudo vem junto, pois estamos prontos para que isso aconteça. Tento praticá-los e vejo claramente todo o bem que as novas gerações vêm trabalhar e contribuir, como mulheres, a partir deste lugar.

Estar confortável faz parte do caminho para se amar? O que te traz bem-estar?

Camila – Estar confortável é primordial para se amar. Estar confortável é um lugar bom, aconchegante, é me sentir tranquila e bem comigo.Fazer coisas que gosto me trazem bem-estar, autocuidado: música, viagens, desfrutar da companhia de família e amigos! Amo!

Quais cantoras (mulheres) te inspiram e por quê?

 Marília – Elza Soares, uma mulher preta que rompeu as barreiras do tempo e construiu uma carreira memorável; Anitta, por tudo que tem conquistado e mostrado que nós mulheres podemos alcançar sim o mundo; Iza, por toda representatividade que traz e por toda sua história. Dentre todas elas, minhas amigas (que prefiro não citar nomes), mas que ao lerem isso aqui saberão que falo sobre elas.

Florencia – Na canção fui influenciada por artistas como Regina Spektor, Adriana Calcanhotto, Natalia Lafourcade, Russian Red, Marisa Monte… e a lista poderia continuar. Gosto de muitas coisas nelas. Felizmente, nós mulheres estamos ganhando cada vez mais reconhecimento por nosso trabalho e ele está se tornando mais visível. Isto é extremamente necessário para que as próximas gerações tenham seus modelos ao seu dispor desde muito cedo.

Camila – Minha mãe, minhas amigas, minha filha, justamente por serem as mulheres próximas que escolhi partilhar a minha vida, cada uma delas é incrível. Aprendo tanto. Tenho muitas inspirações femininas na política, na música, nas artes de um modo geral. Procuro consumir e procurar trabalhos e ações feitas por mulheres, assim me inspiro e me fortaleço!