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Mulher confiante

Jornalista e apresentadora, Cris silva é daquelas que se vira em mil para coordenar vida pessoal e profissional de forma leve e saudável. Gente como a gente, ela usa o bom humor para seguir sempre sorrindo.

Por Drica Rosa

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Formada em Comunicação Social pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Cris trabalhou como comunicadora em rádio, repórter e apresentadora na RBS, filiada à Rede Globo, e, atualmente, comanda um programa na Rádio Farroupilha, voltado para o público feminino.

Além da agenda atribulada na sua vida jornalística, ela ainda se desdobra um pouco mais: ministra oficinas de comunicação, apresenta junto ao músico e marido o espetáculo de humor Fossa Nova e é embaixadora do Instituto do Câncer Infantil.

Ufa, parece muito, mas ela conta que, hoje, acha o ritmo de sua vida mais tranquilo, “essa loucura da vida moderna vivi há uns anos, mas fiquei sem fôlego. Precisei puxar o freio de mão, me organizar e mudar de atitude. Eu fiquei tão estressada mentalmente, querendo abraçar o mundo, que o corpo pediu para eu parar. Hoje, faço apenas o que consigo, o que me dá prazer e não me causa sofrimento. Estou mais feliz do que nunca”, comemora ela, em sua melhor fase.

Entre tantos compromissos, Cris conseguiu um espaço na agenda para um bate-papo conosco.

Revista PICCADILLY: Quais as principais mensagens que quer passar para as pessoas que te acompanham?

Cris Silva: Eu sempre procuro levar descontração e, principalmente, boas energias. Seja na rádio ou na televisão, com o que eu sempre me preocupo é em ser uma pessoa agradável, que passe uma mensagem bacana e esclarecedora. Num mundo onde cada vez mais a gente perde espaço para o virtual, comunicar de uma forma mais próxima é um desafio, mas os resultados são cada vez melhores.

R.P.: Como usa as redes sociais?

C.S.: Uso as minhas redes sociais para me aproximar das pessoas. Faço questão de ser eu mesma, natural, verdadeira e sem muito glamour digital (risos). É a vida real.

R.P.: Como são seus momentos em família?

C.S.: São divertidíssimos! Eu sou casada com um músico, nossa casa é megassonora. Sempre tem música e isto deixa a casa tão alegre. Eu também canto, então há vezes que nosso passatempo é apenas ficar tocando e cantando.

R.P.: O jornalismo a fez enxergar o mundo de forma diferente?

C.S.: Sim, desde sempre. Infelizmente, no jornalismo, atualmente, as notícias são mais ruins do que boas; vai da gente transformar essa realidade. Se quisermos, há notícia triste todos os dias, mas boas também. Eu escolhi contar as boas histórias, os sucessos, as vitórias. E isso também fez com que meu jeito de estar no mundo fosse outro, não apenas para informar, mas para ajudar. Desde muito cedo, participei de atividades voluntárias, em Pelotas, minha cidade natal, eu era voluntária numa instituição para menores, dava aula para eles no turno inverso. Quando vim para Porto Alegre, me encantei com o Instituto do Câncer Infantil, onde sou voluntária e embaixadora aqui no Rio Grande do Sul. De certa forma, o jornalismo me fez ser mais solidária.

R.P.: Se estivesse escrevendo um livro sobre sua vida, como seria seu final feliz?

C.S.: Adorei a pergunta! Meu final feliz seria conseguir ver as pessoas que amo felizes, eu realizada e cercada de amigos e da família. Para mim, isso basta.

R.P.: Falando um pouco sobre as mulheres: o que você acha que ainda tem de mudar para que tenhamos uma valorização natural perante a sociedade?

C.S.: Acho que a gente já deu passos bem importantes na nossa história em relação à mulher. Mas ainda falta uma mudança de mentalidade, que parte de dentro das casas, com uma educação menos machista, preconceituosa e que valorize a mulher tanto quanto o homem. Acredito que é mais mudança de pensamento da sociedade do que de leis.

R.P.: Você tem filhos de coração, os do seu marido, certo? Eles moram com vocês? Como é esse dia a dia?

 C.S.: Sim! É uma casa cheia, graças a Deus! Eles são duas crianças incríveis que tiveram uma educação maravilhosa, tanto da mãe, como do pai. Nossa rotina é de uma família normal: escola, almoço, passeio, dever de casa, treino de futebol, assistir aos jogos da dupla Grenal juntos, ver filmes, jogar (amamos jogos de tabuleiro) e é uma forma de ficarmos mais tempo juntos.

R.P.: Gosta de viajar? Qual lugar ou momento inesquecível que visitou e teve?

C.S.: Amo viajar! E com o Paulo, meu namorido, aprendi uma das coisas mais incríveis que é a prática do mergulho. Acho que a primeira vez que mergulhei foi fantástica, em Recife, inesquecível.

R.P.: E sobre seu estilo, como o define?

C.S.: Estilo amplo (eclético), sem frescura, mas com conforto, por favor!

R.P.: Qual é a importância de um calçado confortável para o dia a dia?

C.S.: É fundamental! Nenhuma mulher aguenta a pose por muito tempo com um sapato desconfortável. A beleza é importante, mas o conforto é vital. Se o sapato não estiver confortável, a coisa não anda, doem os dedos, os pés, as pernas, e a cabeça fica em outro lugar, menos no trabalho. Viva o conforto!

R.P.: O que não pode faltar no seu guarda-roupa?

C.S.: Sapatos e calça jeans. São os meus favoritos…

R.P.: Qual a importância dos trabalhos sociais. Fale um pouco sobre o que faz no Instituto do Câncer Infantil.

C.S.: A minha relação com o Instituto do Câncer Infantil foi amor à primeira vista e que vai durar para sempre. Lá, eu consigo exercer o mais sublime dos sentimentos, a solidariedade, o amor ao próximo e o aprendizado. E como eu aprendo! Conviver com crianças e adolescentes que lutam contra uma doença tão forte é uma lição. Meu voluntariado passa por várias tarefas, desde contar histórias, montar quebra-cabeça, pintar, brincar e conversar com os pacientes, até apresentar os eventos institucionais. Acredito que, como formadora de opinião e como pessoa que tenta fazer deste mundo um lugar melhor para se viver, esse trabalho social é fundamental. Se cada um fizesse um pouquinho a sua parte, não com dinheiro, mas com um abraço, uma palavra, o mundo ficaria um pouco melhor.