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Lugar de mulher! Profissionais se destacam em setores dominados por homens

Uma rede de encorajamento feminino é formada por muitas etapas. Na PICCADILLY, também trabalhamos com empresas parceiras que valorizam as profissionais mulheres e dão visibilidade ao seu trabalho.

 

Uma delas é a Braspress, transportadora de encomendas com sede em Guarulhos (SP). A empresa é pioneira na contratação de motoristas mulheres no país e hoje tem 25% do quadro de motoristas formado por elas.

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“Em 1998, quando nosso presidente Sr. Urubatan Helou estava em viagem a passeio nos Estados Unidos, viu uma motorista dirigindo um ônibus bi-articulado e pensou que motoristas mulheres poderiam trazer uma boa imagem para a Braspress. E assim fez. Na década de 90 deu oportunidade para mulheres ingressarem em uma profissão até então dominada por homens”, explica a gerente nacional de recursos humanos Sarita Almeida.

 

Uma das motoristas da transportadora é Elaine Cristina da Cruz. Inspirada pelo pai, motorista de carreta aposentado, começou a dirigir caminhão em 2002 na Braspress e desde 2018 passou a operar carreta. “Meu pai tinha um pouquinho de medo no início, mas nunca teve preconceito por eu ser mulher. Sou o orgulho dele”, enfatiza.

 

Elaine entende que a quantidade de mulheres no setor vem crescendo, mas ainda enxerga desafios na estrada. “Apesar de ter tantas amigas no volante, ainda tem muito preconceito. Vejo algumas situações na rua, por exemplo: tem homens que dirigem caminhões, portes abaixo do meu, e eles não querem dar passagem, querem me fechar e mostrar que são melhores que eu. Mas a gente deixa passar, pois não estamos apostando nada com ninguém”, complementa.

 

Na empresa, existe o programa Rainhas do Volante que dá oportunidade para novas motoristas. Ele financia o valor da atualização da CNH e oferece treinamentos práticos e teóricos para que as profissionais se sintam segura em dirigir caminhão. “Como o Sr. Urubatan diz “competência não tem sexo”. Aqui temos cultura e clima de igualdade onde o desempenho e a competência dos colaboradores são analisados pela dedicação de cada um”, diz Sarita.

 

Elaine também evoluiu muito durante o período na Braspress. Além de exercer a profissão por amor e identificação, enxerga na oportunidade uma boa fonte de renda. “É um lugar que você consegue conciliar o prazer de dirigir e a importância de ser remunerada e atender às necessidades da casa. Sou mãe-solo, então eu que levo a renda para meu lar e cuido das minhas filhas”.

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Outra empresa que se destaca pela presença feminina é o Grupo Cofrag, indústria têxtil com sede no Rio Grande do Sul e que está presente em três outros estados: Bahia, Ceará e São Paulo. As mulheres estão em várias funções que passam pelo setor produtivo e se estendem à gerência comercial e industrial.

 

“Entendemos que é uma maneira de ter perspectivas e habilidades diferentes adicionadas à gestão, que se torna mais colaborativa e inclusiva. Buscamos oportunizar igualdade de condições na busca pelos cargos de liderança dentro dos nossos setores de negócios”, afirma a diretora-executiva Carla Haag.

 

Carla iniciou sua carreira no setor administrativo e financeiro. Atualmente, assume o cargo de diretora e coordena as unidades do Rio Grande do Sul. Isso permite o acompanhamento de questões ligadas a produtos, tecnologias e materiais e atendimento aos clientes.

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“Por muitas vezes sou a única mulher participando de reuniões e projetos. Embora se tenha avançado muito nos últimos tempos, sabemos que o preconceito ainda existe e muitas vezes enfrentamos situações de discriminação em relação à liderança feminina”.

 

Trabalhando em uma área ainda dominada por homens, Carla procura liderar suas colaboradoras através de uma gestão participativa, onde todas busquem o seu crescimento e os melhores resultados para a empresa.

 

“Eu tive poucas referências femininas por perto e hoje tenho a oportunidade de liderar algumas colegas. O encorajamento vem através da abertura para que nossas colaboradoras possam ser ouvidas e tenham a possibilidade de demonstrar de forma igualitária o seu potencial. Ter exemplos de liderança para essas mulheres, oportunizar uma rede de contatos e um plano de carreira são pontos importantes. Sabemos que o crescimento do número de mulheres em posições de liderança faz com que a ocupação desses cargos seja legitimada”.