Outubro rosa: histórias que inspiram
Ao longo de todo o Outubro rosa, nós apresentamos em nossa página do Facebook depoimentos e conselhos de mulheres guerreiras que lutam e lutaram contra o câncer de mama. Neste mês de conscientização, seis mulheres que são exemplos de garra e superação trazem um conforto de amiga para todas nós.
Há 14 anos, Maria Magdalena Burtel descobriu que estava com câncer durante uma revisão de rotina. Hoje, aos 81 anos, ela deixa um conselho: cuide-se!
“Todos os anos eu fazia o acompanhamento. Um ano estava tudo bem e na revisão seguinte eu descobri que estava com câncer. Eu tenho um drama porque ter um câncer de mama é sempre um drama, mas eu não tenho uma história dramática. E eu gosto de frisar a importância de se cuidar e de se conhecer. Não é que tu te livres de ter o câncer, mas descobrir o câncer nos estágios iniciais diminui o sofrimento e aumenta a chance de vencê-lo.”
Aos 29 anos, Daniela Israel descobriu um nódulo em seu seio. Durante o tratamento, que terminou há pouco, ela criou alternativas que trouxeram conforto para o dia a dia, algo que ela quer compartilhar com todos. Por isso, iniciou um projeto para dar dicas para outras pacientes, o Força Gurias.
“É sempre importante cuidar para não comparar. Se eu tivesse que dar um conselho seria esse. Porque cada corpo é diferente, mesmo que o ‘tipo de câncer’ seja o mesmo. Tentar igualar duas histórias diferentes não vai ajudar o paciente a se sentir melhor, pelo contrário, é capaz de gerar mais ansiedade. Então assim, compartilha, mas não compara.”
A Marli Marcon luta contra o câncer de mama com muita positividade. Após descobrir uma mancha no seio aos 46 anos, venceu a batalha, e hoje, retribui com gratidão sendo voluntária no Imama!
“Quando eu recebi o diagnóstico, eu fui pra casa e pensei ‘O que eu posso fazer? Eu posso lutar.’ Eu não queria me deprimir, eu dizia para mim mesma que eu não podia me entristecer, ficava pensando em coisas boas, fiz uma lavagem cerebral comigo mesma. Eu tenho dois filhos e eu pensava no legado que eu queria deixar para eles. Quero deixar uma lição de como a vida é, de que tu não podes desistir, a vida é cheia de percalços, mas a gente pode vencer tudo. A vida é uma luta para todo mundo. O câncer é só mais uma batalha.”
Para dividir o que aprendeu durante o tratamento, a Ana Ávila iniciou o projeto Força Gurias. Entre os principais aprendizados, ela frisa a importância de aprender a se reinventar.
“Ser diagnosticada com câncer não é fácil, claro. Ele mexe com o teu corpo e com a tua mente. Tu perdes muita coisa: os cílios, o cabelo, o apetite, o seio, tu perdes, perdes e perdes, mas depois tu percebes que está tudo bem, porque tu estás viva. Para mim, o câncer foi uma sentença de vida. Tu começas a ver tudo por um novo ângulo, tu sais da zona de conforto e do modo automático. É o momento para te empoderar, te redescobrir, te testar, tu podes tudo.”
Este é o segundo Outubro Rosa que a Márcia Resser participa de atividades de conscientização. Desde que teve câncer de mama no ano passado, ela faz palestras e compartilha a sua história para mostrar a importância de se cuidar. Para ela, a fé, a família, os amigos e o amor próprio são a base durante todo o processo.
“Durante o tratamento, eu recebi um versículo da Bíblia que diz que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Então eu percebi que eu estava sob cuidados divinos. E eu também entendi que eu tinha duas opções, ou eu poderia passar o tratamento chorando ou sorrindo. E eu decidi que ia sorrir. Da mesma forma, eu poderia me aproximar da morte ou da vida. E eu sabia que queria viver. Além da minha fé, manter a minha autoestima também foi fundamental durante todo o processo. É um período que tu precisas achar alternativas para gostar de ti e poder estar bem contigo mesma para superar tudo.”
Em 2013, a nossa colaboradora Nelsi Klock descobriu um nódulo na mama, apesar de nunca haver feito mamografias de rotina. O diagnóstico ocorreu, porque, após uma queda, o médico solicitou exames. Para Nelsi, sentir-se apoiada é o segredo para encarar o câncer de mama:
“No primeiro momento, foi tudo muito difícil, não quis aceitar a situação. Por isso, o apoio da minha família foi fundamental, principalmente dos meus filhos que me ajudaram em todas as etapas. No início, o meu organismo reagiu bem à quimioterapia, mas ao longo do tratamento eu desenvolvi um problema nas pernas em função de um efeito colateral do medicamento. Eu sigo acreditando que vou ficar boa, porque não estou sozinha, me sentir apoiada, ter os amigos por perto e principalmente a família tem sido essencial para que eu continue lutando.“